.

sábado, 28 de agosto de 2010

(In)comum

Outro dia comum, ela acordou e se vestiu do mesmo jeito de sempre. Passou alguns minutos se observando no espelho e percebeu o quanto seus olhos escuros eram profundos e difíceis de serem decifrados. Continuou a seguir o dia, e era mais um daqueles em que ela respirava poesia e via música em todas as mínimas coisas. Dia melancólico que trazia inspiração, e a chuva trazia consigo o cheiro de uma saudade profunda de algo que nem ela mesma sabia ao certo o que era. As pessoas pareciam repetir tudo o que fizeram ontem e o que fizeram anteontem não era novidade, era como um deja-vu sem fim, todos tão previsíveis, tão vazios e pequenos.
As horas caminhavam, devagar, cada vez mais igual soava o 'tic-tac' do relógio e nada a fazia rir verdadeiramente. Estava cansada do sorriso superficial.
Foi então que ele a tocou o braço. A chuva acaba de parar e o arco-íris mais belo surgiu no céu. Ela conseguiu dar o sorriso mais singelo fitando aqueles grandes olhos negros, que diminuiam quando o sorriso aumentava. Ele falou algumas poucas palavras tão sem importância diante daquele momento. Ela não tirava os olhos dos dentes lindos que ele tinha. Ele parou então de falar e ela continuou a observá-lo indo embora.
Não foi por nada, mas o dia não voltou a escurecer e a chuva não voltou a cair. O arco-íris deu lugar ao sol frio, acompanhado de suaves brisas que lhe balançavam o cabelo. O dia acabou de se tornar incomum.

Continue lendo >>

(In)comum

6 comentários
Outro dia comum, ela acordou e se vestiu do mesmo jeito de sempre. Passou alguns minutos se observando no espelho e percebeu o quanto seus olhos escuros eram profundos e difíceis de serem decifrados. Continuou a seguir o dia, e era mais um daqueles em que ela respirava poesia e via música em todas as mínimas coisas. Dia melancólico que trazia inspiração, e a chuva trazia consigo o cheiro de uma saudade profunda de algo que nem ela mesma sabia ao certo o que era. As pessoas pareciam repetir tudo o que fizeram ontem e o que fizeram anteontem não era novidade, era como um deja-vu sem fim, todos tão previsíveis, tão vazios e pequenos.
As horas caminhavam, devagar, cada vez mais igual soava o 'tic-tac' do relógio e nada a fazia rir verdadeiramente. Estava cansada do sorriso superficial.
Foi então que ele a tocou o braço. A chuva acaba de parar e o arco-íris mais belo surgiu no céu. Ela conseguiu dar o sorriso mais singelo fitando aqueles grandes olhos negros, que diminuiam quando o sorriso aumentava. Ele falou algumas poucas palavras tão sem importância diante daquele momento. Ela não tirava os olhos dos dentes lindos que ele tinha. Ele parou então de falar e ela continuou a observá-lo indo embora.
Não foi por nada, mas o dia não voltou a escurecer e a chuva não voltou a cair. O arco-íris deu lugar ao sol frio, acompanhado de suaves brisas que lhe balançavam o cabelo. O dia acabou de se tornar incomum.

  ©A guardiã de memórias - Todos os direitos reservados.

Template by Dicas Blogger | Topo